terça-feira, 1 de julho de 2014

O AEE E O “MODELO DOS MODELOS”




      O texto de Ítalo Calvino nos refletir sobre  algumas atitudes, buscando e intervindo com  o AEE na escola,pois  ela se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o desenvolvimento  de todos, incluindo  novas práticas pedagógicas. Sabemos que é aos poucos a introdução   dessas novas práticas, pois ela depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula.
Para que essa inclusão aconteça, é necessário a  atualização e desenvolvimento de novos conceitos, assim como a redefinição e a aplicação de alternativas e práticas pedagógicas e educacionais compatíveis com a inclusão.
         Para favorecer esse processo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Educação Inclusiva (2008) propõe o Atendimento Educacional Especializado - AEE, é um serviço da educação especial que "[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008). O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino, sem, no entanto, trabalhar com modelos previamente elaborados e sim propõe conhecer o aluno através da anamnese realizada com a família, entrevista com todos que interagem com o aluno, a avaliação no âmbito do AEE e a seguir realizar o plano de intervenção objetivando seu desenvolvimento integral e consequentemente sua autonomia.


Fontes consultadas:


A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - A Escola Comum Inclusiva 9


CALVINO, Ítalo. O modelo dos modelos, UFC, 2014.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

                          
Recursos e Estratégias em baixa Tecnologia  para trabalhar com alunos com TGD/TEA


Na pesquisa como trabalhar com TGD/ TEA nos permitiu construir um recurso maravilhoso voltado para a comunicação humana, pois para Rodrigues  al. (2000, p.24) “A comunicação permita ao homem transmitir e interpretar sentimentos e pensamentos, interagindo com outros indivíduos numa troca de informações e experiências que o enriquece no decorrer da vida”. Pessoas com limitações que perdem ou não ter a habilidade de comunicação convencional, precisam de apoio para se comunicar. Esse recurso pode vir da área da alta e baixa tecnologia.
                                       PRANCHA DE COMUNICAÇÃO

As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário.
Essas pranchas podem estar soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua condição motora.
Nela encontram-se possibilidades de auxílio para proporcionar adaptações com diversos materiais e estratégias para envolver a criança ou jovem no processo de ensino-aprendizagem.
A escola pode trabalhar em sistema colaborativo envolvendo gestores, pais, professores e outros profissionais para melhor atender a necessidade que se encontra naquele momento.

Retirados do site http://ipecs.com.br/site/?p=260 acesso em 09/06/2014 as 07h38min h

domingo, 20 de abril de 2014

Diferença entre: Surdocegueira e Dificiência Múltipla



DIFERENÇA ENTRE SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA                                             MÚLTIPLA







A surdocegueira é uma deficiência única em que o indivíduo apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da audição. É considerado surdocego a pessoa que apresenta estas duas limitações, independente do grau das perdas auditiva e visual. A surdocegueira pode ser congênita ou adquirida e não é deficiência múltipla. Segundo o fascículo (AEE-DM), as pessoas surdocegas estão divididas em quatro categorias: pessoas que eram cegas e se tornaram surda
s; que eram surdos e se tornaram cegos; pessoas que se tornaram surdocegos; pessoas que nasceram surdocegos, ou se tornaram surdocegos antes de terem aprendido alguma linguagem.


Deficiência múltipla é quando uma pessoa apresenta mais de uma deficiência, “é uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social” (fascículo DMU). As pessoas com deficiência múltipla apresentam características específicas, individuais, singulares e não apresentam necessariamente os mesmos tipos de deficiência, podem apresentar cegueira e deficiência mental; deficiência auditiva e deficiência mental; deficiência auditiva e autismo e outros.


                       Refletindo sobre o conceito de Deficiência Múltipla (DMU)

Consideramos que a pessoa com deficiência múltipla é aquela que apresenta duas ou mais deficiências primárias associadas (intelectual, visual, auditiva, física). Esta associação pode acarretar diferenças no desenvolvimento global da pessoa, não se tratando de somatório de deficiências.Entendemos que o aluno com deficiência múltipla constitui-se de maneira diferente, singular, como qualquer ser humano.
A deficiência múltipla sensorial ou surda cegueira é uma condição que causa impacto peculiar na apropriação do conhecimento pela pessoa surdo cega. Ocorrem especificidades de comunicação e do acesso a informações de modo peculiar pelo surdo cego devido a perda dupla de dois canais de natureza sensorial.


Fontes consultadas

http://ihainforma.wordpress.com




domingo, 30 de março de 2014

AEE – PS – ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DO ALUNO COM SURDEZ

AEE – PS – ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DO ALUNO COM SURDEZ

As pessoas com surdez enfrentam inúmeros entraves para participar da educação escolar, decorrentes da perda da audição e da forma como se estruturam as propostas educacionais das escolas.  Muitos alunos com surdez podem ser prejudicados pela falta de estímulos adequados ao seu potencial cognitivo, sócio-afetivo, linguístico e político-cultural e ter perdas consideráveis no desenvolvimento da aprendizagem.

É dessa forma que família, sociedade e escola precisa enxergar a pessoa com surdez como seres capazes de desenvolver suas potencialidades dentro e fora do ambiente de aprendizagem, conforme lembra Damázio e Ferreira (2009, p. 08), pensar e construir uma prática pedagógica que se volte para o desenvolvimento e potencialidades das pessoas com surdez é fazer com que esta instituição esteja preparada para compreender essa pessoa em suas potencialidades, singularidades e diferenças e em seus contextos de vida.


Damázio e Ferreira (2009) consideram como principal causa para o sucesso ou fracasso escolar do aluno com surdez a adoção de uma ou outra língua. O trabalho pedagógico na escola comum deve ser desenvolvido em um ambiente bilíngue.


A criança adquire a linguagem na interação com as pessoas à sua volta, ouvindo e/ou vendo a língua ou as línguas que estão sendo usadas. (QUADROS p.15,2011). Assim escola é o espaço onde devem ser criadas diferentes estratégias de aprendizagem que supram não somente as necessidades dos alunos surdos, mas também que contribua na melhoria da aprendizagem de seus pares. O AEE em parceria com o professor da sala regular bem estruturado propicia uma organização didática que contribuirá para a compreensão dos conceitos referentes aos conteúdos curriculares, levando o aluno com surdez a estabelecer relações e ampliar seu conhecimento acerca dos temas desenvolvidos em língua portuguesa e em libras.

Nos últimos séculos tem-se discutido a forma correta de se educar as pessoas com surdez, se por meio da oralidade, se através do gestual. Contudo, tem se percebido que o problema do fracasso escolar da pessoa com surdez não está centrado na língua em que ela deve aprender, mas na qualidade e na eficiência das práticas pedagógicas.


            Pensar e construir uma prática pedagógica que assuma a abordagem bilíngue e se volte para as potencialidades das pessoas com surdez na escola, é fazer com que esta instituição esteja preparada para compreender cada pessoa em suas potencialidades, singularidade e diferenças em seus contextos de vida.


Aprender a se comunicar através da Língua de Sinais e da Língua portuguesa escrita, torna a pessoa com surdez um ser capaz de interagir no meio social e educacional de forma espontânea e participativa. No entanto, para que isso aconteça de fato é necessário que a escola esteja apta a romper com a exclusão e aceitar que todos são seres dotados de potencialidades e que podem evoluir dentro das suas capacidades.


                 Uma das possibilidades para que essa educação aconteça de fato é a implantação na escola comum do Atendimento Educacional Especializado. Dessa forma, o AEE para a pessoa com surdez, na perspectiva da inclusão, deve estar pautado nas potencialidades que essa pessoa apresenta, considerando o que se espera dela no que diz respeito a seu desenvolvimento e aprendizagem. Assim, o AEE para a pessoa com surdez apresenta as seguintes características: AEE em Libras, que ocorre no horário contrário às aulas, espaço rico em imagens visuais e de todos os tipos de referências que possam colaborar com o aprendizado dos conteúdos curriculares. AEE para o ensino de Língua Portuguesa: que deve levar em conta uma proposta pedagógica que envolva o ato de ler, escrever e de compreender o uso da gramática. A pessoa com surdez deve compreender que os sujeitos históricos que vivem em um mundo letrado têm necessidades de ler e escrever em práticas sociais instrumentalizadas por esses atos. AEE para ensino de LIBRAS: constitui um momento didático-pedagógico para os alunos com surdez incluídos na escola comum, deve ser realizado pelo instrutor de Libras com base no conhecimento que o aluno tem a respeito da língua de sinais. Os professores do AEE devem ter o conhecimento da Língua de Sinais e serem qualificados para realizar esse atendimento, bem como devem fazer permanentemente avaliações para a verificação da aprendizagem dos alunos em relação a Libras.


Referências:


DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.


Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez – Atendimento Educacional Especializado em Construção, p.46-57.




Quadros, Ronice Muller de. Língua de sinais: Instrumentos de Avaliação/ Ronice Müller de Quadros, Carina Rebello Cruz.-Porto Alegre: Artmed,2011.