domingo, 1 de dezembro de 2013

Descrição e audiodescrição

 Audiodescrição, que se constitui como um serviço especializado capaz de promover a acessibilidade comunicacional de pessoas cegas e com baixa visão, transitando, pois, pelo viés da comunicação, assumindo o papel de transmissora de informações que, inicialmente, estariam disponíveis apenas no plano visual, a exemplo de imagens estáticas (tais como fotografias), cenas dinâmicas (veiculadas no cinema, TV ou teatro), além de textos e legendas impressas.
A técnica tradutória da áudiodescrição, recurso assistivo de incontestável relevância para inclusão da pessoa com deficiência visual é um gênero textual, cujas diretrizes incluem procedimentos desde a sua produção até a oferta do serviço ao público cliente. Essas diretrizes versam a respeito de como lidar com o público com deficiência visual, do atendimento a ele devido; da atenção para com suas necessidades de pessoa com deficiência; do respeito à idiossincrasia de cada um dos clientes etc (Lima et al, 2010).
Enquanto tradução visual, a áudio-descrição não é áudio, embora mantenha relação semântica com este, e não é descrição, embora traga da descrição constructos que servirão para essa técnica tradutória.

Na união da descrição com o áudio, na áudiodescrição, o visual descrito/narrado, é significativamente diferenciado da descrição, tanto pela intenção comunicativa, como pela natureza eminentemente garantidora de direito à informação e/ou comunicação às pessoas com deficiência visual.

A áudio-descrição traduz as imagens e outros eventos visuais intangíveis, inaudíveis, inodoros à percepção da pessoa com deficiência visual, em palavras a serem ouvidas diretamente pela fala de um locutor; pela leitura sintetizada de um leitor de telas; pela comunicação oral de um professor que lê, ao seu aluno, a áudio-descrição contida num livro; pela própria leitura do estudante que tiver a áudio-descrição em Braille, em seu livro; pelo aluno com deficiência visual da áudiodescrição, escrita em Braille; ou mesmo pela leitura do próprio áudio-descritor que, em um cinema, por exemplo, pode ler as legendas de um filme em língua estrangeira etc.

Assim, não está no suporte a definição do que vem a ser a áudio-descrição, nem mesmo na similaridade que ela tem com uma descrição verbalizada por alguém, gravada ou simultaneamente falada.

Outra característica importante e definidora da áudiodescrição é o fato de ela traduzir as imagens sem, contudo, ser o tradutor do evento visual, um interpretador da mensagem, o que significa dizer que um áudio-descritor não pode dizer de sua opinião do que está sendo visto. Ele é a ponte entre aquele evento e o sujeito cliente do serviço, devendo dar a este os subsídios necessários e pertinentes à compreensão do evento.

Em outras palavras, um áudio-descritor não diz o que ele acha, não oferece suas inferências, mas diz o que ele vê, oferecendo ao cliente as ferramentas que permitirão a este tirar suas próprias conclusões do que está sendo apresentado, com igualdade equiparada de condições disponíveis aos assistentes do evento visual.
Veja um exemplo de como você pode descrever as tirinhas para os alunos cegos ou com baixa visão:

SUPER NORMAIS – TIRINHA 1 COM AUDIODESCRIÇÃO

Descrição: TIRINHA 1
OUÇA AQUI A AUDIODESCRIÇÃO DA TIRINHA 1, ou leia em texto, logo abaixo:
SUPER NORMAIS – O poder da diferença.
A tirinha de 29/10/2012, em preto e branco, com três quadros, apresenta um homem cadeirante, com cabelos claros e lisos, um grande topete caído na testa, sobrancelhas pretas, óculos pequenos redondos na ponta do nariz e cavanhaque. Ele usa camisa branca e calça preta.
Q1: O homem, segurando um jornal bem próximo ao seu rosto, diz com a boca aberta e cara de contrariado: Essa tira não muda nada pra mim.
Q2: No jornal aberto, a manchete que diz: ANALFABETISMO ATINGE 9% DA POPULAÇÃO … e o desenho de uma pequena bandeira brasileira.
Q3: O homem segurando o jornal de cabeça para baixo, no meio da sala, sentado em sua cadeira de rodas, diz:  Continuo com deficiência.
Audiodescrição: VER COM PALAVRAS
Narração: Marcelo Sanches

SUPER NORMAIS – TIRINHA 2 COM AUDIODESCRIÇÃO

Descrição: TIRINHA 2
OUÇA AQUI O ÁUDIO DA TIRINHA 2, ou leia em texto, logo abaixo:
  SUPER NORMAIS – O poder da diferença.
A tirinha de 11/08/2012, em preto e branco, com dois quadros, apresenta um jovem com deficiência visual, cabelos claros e curtos penteados para frente, bigodes ralos, queixo pontudo, usando óculos escuros, suéter preta, calça prespontada e bengala.
Q1: O jovem, segurando sua bengala, chega em frente a um orelhão; logo abaixo  está escrita a frase: Orelhão, inimigo n º 1 do deficiente visual. O jovem, com um braço dobrado e a mão aberta, diz: Minha vida é um livro aberto.
No quadrinho 2, quase todo ocupado por um livro escrito em braile, sua fala: Com algumas páginas em braile.
Audiodescrição: VER COM PALAVRAS
Narração: Marcelo Sanches
REFERÊNCIAS:
Disponível em: http://www.vercompalavras.com.br/blog/?p=1288 Acesso em: 01/12/2013
Disponível em: http://direitoparatodos.associadosdainclusao.com.br/node/11 Acesso em: 01/12/2013

domingo, 20 de outubro de 2013

AEE_NEUZA Jogos para alunos com DI



Turma 26ª-campo Grande –MS
Cursista: Neuza T.da Silva
Jogos e/ou atividades que poderão favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com Deficiência Intelectual
Há varias estratégias que o professor poderá considerar em sala de aula para o desenvolvimento do trabalho com aluno deficiente intelectual.
O papel do educador é fundamental, desde o processo de confecção do jogo, na elaboração das regras até o encorajamento quanto à troca de ideias entre os participantes. È fundamental proporcionar-lhe experiências positivas convenientes ao seu nível de desenvolvimento e sugerir jogos e atividades compatíveis.
Entre os jogos que podem ser utilizados para o desenvolvimento do aluno com Deficiência Intelectual estão:


BONECO ARTICULADO que estimula a: Noção do esquema corporal e a Conscientização sobre as partes do corpo e suas posições, habilidade manual.
 Nesse jogo as partes do corpo podem ser recortadas em cartolina: cabeça, pescoço, tronco, dois braços, dois antebraços, duas mãos, duas coxas, duas pernas e dois pés. Para juntar as partes fazendo as articulações, podem ser feitos furos com o furador de papel e colocadas tachas, que se abrem depois e perfurar o papel. Outra alternativa é furar as articulações com uma agulha grossa e barbante, e depois dar um nó de cada lado do barbante.
Possibilidades de exploração:
-Recortar e montar o boneco articulado.
-Pedir a uma pessoa que sirva de modelo, assumindo diferentes posições que os alunos procurarão reproduzir com seus bonecos.
-Fazer o exercício contrário, colocar o boneco em posições que as pessoas deverão representar.
-Descobrir quais as posições que podem ser feitas com o boneco mas que são impossíveis de serem realizadas pelo ser humano.
                          

 
BOLICHE DE LATAS, onde estimula a Motricidade, coordenação motora ampla, coordenação viso-motora, arremesso ao alvo, controle de força e direção. Para desenvolver esta atividade precisa-se de Bolas de meias feitas com algumas meias juntas, que são enfiadas no fundo de uma meia comprida. Para arrematar, torcer e desvirar o cano da perna da meia várias vezes, recobrindo a bola para, posteriormente, costurá-la. Latas vazias, do mesmo tamanho, com números colados.
Possibilidades de exploração:
·         Empilhar as latas fazendo um castelo.
·         Jogar como boliche: cada jogador arremessa três bolas, tentando derrubar todas as latas.
·         Contar os pontos de acordo com os números escritos nas latas derrubadas.
·         Vence o jogo quem tiver feito mais pontos.



O Jogo dos PEZINHOS estimula a Coordenação motora ampla, equilibro, postura e noção de direita e esquerda. É feito usando papel cartão ou Eva, corte seis pés direitos e seis pés esquerdos. Com caneta hidrocor, marque um D nos pés direitos e um E nos esquerdos. Disponha os pezinhos de forma a representarem passos ao longo de um caminho e fixe-os no lugar.
Possibilidades de exploração:
·         Pedir às crianças que andem sobre as pegadas e tentem ficar dentro das marcas.
·         Quando colocarem o pé direito sobre a pegada D, digam “direita” e o mesmo para a esquerda.
·         Pular só com o pé direito do primeiro D até o sexto D.
A atividade dos FÓSFOROS estimula a Coordenação viso-motora fina, movimento de pinça, orientação espacial, manipulação de quantidades, concentração da atenção. 26
É desenvolvida com uma Caixa com palitos de fósforo. As laterais foram inutilizadas pela colocação de um durex (para evitar que as crianças possam riscar os fósforos).
Exploração:
·         Retirar os fósforos da caixa e pedir à criança que os guarde, com as cabeças voltadas para o mesmo lado.
·         Enfileirar os fósforos na mesa, seguindo determinados critérios (ex. três voltados para cima e três voltados para baixo).
·         Fazer figuras com os fósforos.
·         Fazer formas geométricas com três, quatro, cinco e seis fósforos.
·         Construir um quadrado dentro do outro.
·         Inventar linhas com desenhos variados e reproduzi-las.
·         Fazer seqüência de fósforos.
·         Fazer contas com os fósforos.
A atividade intitulada AMPULHETA estimula o aluno a compreender a Noção de tempo. É preciso selecionar duas garrafas iguais. Colocar areia em uma delas, colar as duas tampas. Fazer um furo nas tampas já coladas. Fechar as duas garrafas com as tampas. Medir o tempo (usando o relógio) em que a areia passa de um recipiente para o outro. Anotar nas extremidades dos dois recipientes o tempo.
 Exploração:
Como a ampulheta é um instrumento de medida ela pode ser usada simplesmente para que a criança observe o tempo que leva para a areia passar de um recipiente para o outro, ou pode servir de apoio aos jogos, controlando o tempo das tarefas.
A atividade CLASSIFICAÇÃO COLORIDA estimula a Percepção visual, classificação, identificação das cores e das formas geométricas.
Para desenvolvê-la é preciso de Formas geométricas grandes (triângulo, quadrado, círculo) recortadas em cartolinas ou Eva de cores diversas.
Exploração:
·         Espalhar as peças no chão e pedir às crianças que encontrem na sala objetos com as mesmas cores das peças, ou das mesmas formas, sempre sugerindo uma cor ou uma forma de cada vez.
·         As peças podem ser numeradas e pode-se pedir aos alunos que procurem o número correspondente de objetos conforme a classificação solicitada.

     (Atividade desenvolvida juntamente com a colega de grupo Sandra Peres.)

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares. Estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/ SEF/ SEESP, 1999.
MAFRA, Sônia Regina Corrêa. O Lúdico e o Desenvolvimento da Criança com Deficiência Intelectual. Disponível em: <http://jucienebertoldo.files.wordpress.com/2013/03/o-lc3badico-e-deficiente-intelectual.pdf>. Acesso em: 19/10/2013.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

TA_ Tecnologia Assistiva de alta tecnologia





Turma T26 – AEE DF
TA_ Tecnologia Assistiva de alta tecnologia.
Cursista :  Neuza Torquato da Silva




                                             VOCALIZADORES

     Vocalizadores são recursos de comunicação mais sofisticados  que emitem voz gravada ou sintetizada. Ao se tocar em um símbolo/botão/tecla ou ao se digitar uma palavra, ouve-se a mensagem a ser comunicada. Existem vários modelos de vocalizadores e eles diferem quanto à portabilidade, ao número de mensagens, à forma de acesso às  mensagens, à estética a ao custo.
   Com o vocalizador, o aluno pode conversar com seus colegas, fazer perguntas, cumprimentar, fazer interpretações em teatro, responder perguntas em uma avaliação, fazer suas escolhas, etc.
    A escolha do símbolo a ser falado poderá ser feita pelo usuário de forma direta ou indireta. Na forma direta o usuário do vocalizador deverá levar uma parte do corpo, como o dedo ou cotovelo, ou uma ponteira colocada na mão, boca ou cabeça; sobre a tecla que contém a mensagem que deseja expressar e, ao teclar, a mensagem é ouvida por todos.
   Algumas pessoas não possuem a habilidade motora de tocar com precisão em uma única tecla do vocalizador e então poderão optar pela seleção indireta. Nesse caso, um sinal luminoso ou auditivo percorrerá cada uma das teclas e o usuário fará a seleção da mensagem que deseja expressar, quando esse sinal estiver sobre a tecla correspondente. 
   Esta forma de seleção é também chamada de sistema de varredura automática. Quando o símbolo ou palavra estiver selecionado pela varredura, sua ativação (transformação em voz) é feita por acionadores, que são chaves colocadas em qualquer parte do corpo, onde o usuário possui algum controle ativo de movimento. O acionador pode ser ativado com pressão (tocar a mão, o pé, a cabeça), tração (puxar o braço), sopro,piscar etc.
   São exemplos de vocalizadores:


Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado: deficiência física. Carolina R. Schirmer; Nádia Browning; Rita Bersch; Rosângela Machado. SEESP / SEED / MEC Brasília/DF – 2007. 
att- http://aeeclaudinha2013.blogspot.com.br/acessado em 13/09/2013 as 20:30m